Muita gente passa diariamente pela estrada Rio-Jequiá, perto da estação de rádio da marinha, na Ilha do Governador e não se dá conta da importância daquela área cercada que, para muita gente, é apenas um local de muito lodo, com mal cheiro que serve também para jogar lixo!
Na verdade, essa área se tornou, em 1993, por decreto, em uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana - APARU do Jequiá.
Essa área de proteção ambiental foi criada, há mais de 20 anos, na tentativa de preservar o que sobrou dos 260 km2 de área de mangue que cobria a região às margens da Baia de Guanabara e que hoje em dia conta com menos de um terço da área original.
A
preservação e recuperação contou com ajuda dos moradores da colônia de pecadores da área. Parte da vegetação desmatada foi reflorescida e mais da metade do esgoto que ia direto para o mangue está sendo tratado. A fauna e a flora estão se recuperando gradativamente, mas tudo isso ainda é muito pouco. O mangue do Jequiá sofre com a falta de investimentos públicos.
Os caranguejos tem que conviver com o lixo!
O manguezal do Jequiá é
a maior área preservada do município do Rio de Janeiro e conta com um centro de educação ambiental, que realiza trabalhos de conscientização da população, atuando principalmente junto às escolas, realizando oficinas de reaproveitamento e reciclagem, exposições sobre meio ambiente e visitas à área de proteção ambiental.
Recentemente a Prefeitura começou a substituir o muro que cerca o Mangue por uma grade, para permitir que a população possa visualizar as belezas naturais do Mangue.
Fotos: © Copyright Ana Helena Barcellos e Consuelo Martin
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