quarta-feira, 25 de maio de 2016

Te Contei: A Casa do Índio


     A Ribeira é um dos bairros mais antigos da Ilha do Governador, e tem seus encantos, histórias, surpresas e até segredos...

     Você sabia que na Ribeira existe uma casa chamada "Casa do Índio"?


 
A Casa do Índio na Ribeira, na Ilha do Governador.


     A Casa do índio é uma residência erguida em um imóvel da FUNAI - Fundação Nacional do Índio, inaugurada em 1968 para abrigar índios doentes e deficientes de várias etnias e idades variadas. 

     Infelizmente, para muitas tribos indígenas, matar filhos deficientes e doentes é normal. Viver na natureza não é algo fácil e trata-se de uma questão de sobrevivência.

     Quando toma conhecimento de algum caso, a FUNAI costuma resgatar o rejeitado pela tribo. Foi com esse objetivo que surgiu a Casa do Índio.

     A Casa do Índio entretanto, deixou de receber recursos do governo desde a criação da Funasa (Fundação nacional da saúde), em 1999, e agora sobrevive de doações.

     Eles precisam não só de doações de alimentos e material de higiene e de limpeza, mas precisam também da solidariedade das pessoas dispostas a ajudar no cuidado com a casa e com os deficientes com enfermidades mais graves e acamados como, por exemplo, microcefalia e paralisia cerebral.

     As pessoas que participaram do piquenique inclusivo doaram alimentos e produtos de limpeza para a Casa do Índio, então depois do evento, fomos até lá entregar os donativos.


Entrega de donativos à Eunice Cariry, gestora da Casa do Índio




     Vamos ser amigos da Casa do Índio!  Quem tiver interesse em ajudar, pode se juntar a nós.



Fontes: 









Educação: PROET - Programa de Educação para o Trânsito da PMRJ




     Ouvimos muito sobre o trabalho da Polícia, mas sempre em notícias relacionadas com violência, crimes e corrupção.  Mas coisas erradas acontecem em todas as profissões.

     Felizmente a polícia é muito mais do que isso, e por isso resolvi destacar o Programa de Educação para o Trânsito  (PROET)  da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.




     A Polícia Militar do Rio de Janeiro criou, em 2012, um Programa para levar às informações e ensinamentos sobre o trânsito para as crianças e adolescentes na escola.  O PROET está vinculado ao 3o Batalhão de Polícia Rodoviária, onde as escolas que tem interesse no programa podem procurar informações a agendar uma palestra.





     Conheci o trabalho do PROET em um Piquenique Inclusivo e percebi que, além dos ensinamentos sobre o trânsito, a equipe também faz um trabalho maravilhoso de aproximação da comunidade com a Polícia Militar.

     Vale a pena conferir mais informações sobre o PROET,








segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ciências: O Uso Medicinal da Maconha



Em minha viagem aos Andes pesquisei o uso uso do Chá da Coca para conter os efeitos do Soroche. Depois aconteceu uma  palestra sobre prevenção ao uso indevido de drogas  ministrada por agentes da polícia federal no Colégio Fernandes Vidal. Assim achei interessante falar também sobre o uso medicinal da Maconha. Existe uma polêmica sobre a liberação e a autorização de importação para o uso de pessoas com fins medicinais.


Foto do artigo "La droga Ilegal que más se consome en Europa y en el mundo es el cannabis"


     Primeiramente é importante esclarecer que a planta tem vários princípios ativos, ou seja, várias substâncias e que o uso medicinal não se aplica a todas elas e mesmo as substâncias medicinais também tem efeitos colaterais.



     A rede americana CNN contou ao mundo a  história de Charlotte Figi, portadora de Síndrome de Dravet  (que é uma forma rara e grave de epilepsia). Ela quanto tinha cinco anos, sofria trezentas convulsões graves por semana. Já havia perdido a capacidade de andar, falar e comer. Segundo a reportagem, a menina começou o tratamento com o extrato de um tipo de cannabis rico em canabidiol, aos seis anos. Com o tratamento Charlote voltou a andar e a falar, e suas convulsões foram reduzidas para duas a três vezes por mês.
      Outras histórias foram se tornando conhecidas e as famílias passaram a entrar na Justiça para conseguir o direito de importar o extrato de canabidiol.

     Em 2015, a Anvisa liberou o uso do Canabidiol. A substância então deixou de ser proibida no país e passou a integrar a lista de medicamentos aprovados para uso terapêutico, mas sujeito a controle. Neste mesmo ano, um Juiz do Distrito Federal liberou a utilização deste medicamento, o THC (tetrahidrocannabinol). Em sua decisão destacou que não liberou o uso da droga, mas da substância, do THC para uso medicinal e científico, ressaltando que se trata de uma questão de saúde, que não se pode esperar, pois a demora pode levar riscos aos pacientes.

     Atualmente, a Anvisa autorizou o uso de medicamentos que contenham além do canabidiol, também o THC.  Segundo a Anvisa, o maior problema é que essas substâncias não são registradas como medicamentos em seus países de origem. Por isso, não têm sua segurança e eficácia avaliadas e comprovadas. De acordo com a Anvisa,   os produtos à base de canabidiol e THC podem causar reações adversas inesperadas. Como sua eficácia não foi avaliada e comprovada, não é possível garantir a dosagem adequada nem prever os possíveis efeitos colaterais, o que pode causar riscos imprevisíveis para a saúde dos pacientes.

     O Brasil assinou uma Convenção Única de Entorpecentes de 1961 que proíbe o uso da maconha. No entanto a própria ONU reconhece o seu uso medicinal  desde que os países oficializem uma agência especial para Cannabis e derivados em seus ministérios da Saúde. Quem tiver interesse em saber mais sobre as Convenções das Nações Unidas sobre Entorpecentes, recomendo o United Nations Office on Drugs and Crimes.

     De qualquer forma, é importante ressaltar que estamos muito atrasados cientificamente no uso de substâncias da cannabis para uso medicinal. Nos Estados Unidos, 19 estados permitem o seu uso medicinal no tratamento de câncer e esclerose múltipla. No Brasil ainda não há quem fabrique o medicamento à base de maconha, o que dificulta os pacientes que precisam de autorização para importação. Já tem uma indústria farmacêutica com interesse em sua produção. Com um medicamento produzido e testado no Brasil os usuários teriam aceso mais fácil a um medicamento mais barato e mais seguro.


Fontes:
http://edition.cnn.com/2013/08/07/health/charlotte-child-medical-marijuana/
http://veja.abril.com.br/saude/anvisa-libera-o-uso-do-canabidiol/
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/11/justica-libera-o-uso-do-thc-principio-ativo-da-maconha-para-uso-medicinal.html
http://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/drogas/marco-legal.html
http://www.gazetadopovo.com.br/saude/o-uso-da-maconha-para-tratar-doencas-2ff7fpwkaie6s7ddz8zpmqkb2
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/06/1786355-empresa-quer-fazer-primeiro-remedio-brasileiro-a-base-de-maconha.shtml


Cidadania: Praça Adaptada



Praça Iaiá Garcia, na Ribeira

     A praça é um lugar de alegria e diversão. Serve para o lazer de toda a comunidade. É um lugar de encontro e interação.  Deve ser um espaço democrático para atender as pessoas de todas as idades, crianças, jovens, adultos, idosos, com deficiência ou não.  Muitas pessoas dependem dos espaços públicos para desfrutar  de momentos de lazer e praticar esportes, por isso o ambiente precisa ser acessível, adaptado e seguro. Praças são espaços de inclusão, socialização e de exercício de cidadania!

     Brincar é um direito de todos mas, infelizmente,  nem sempre é algo acessível para todos.  

     Toda criança tem o direito ao lazer!  Toda criança tem direito a usar os brinquedos da pracinha. Não é muito triste saber que as crianças com deficiência não podem usar os brinquedos da pracinha porque eles não são adaptados?

     Precisamos pensar nas pessoas com deficiência, são cidadãos como todos os outros, e precisam que a prefeitura faça sua parte. 

     Mas o que é uma praça adaptada? A praça adaptada é uma praça totalmente acessível para pessoas com os mais diversos tipos de deficiência, inclusive deficiência visual.


Modelo de gangorra adaptada.

     Recentemente foi inaugurada uma praça adaptada em Curitiba, no Paraná.

     Se você quer saber mais sobre praças adaptadas, recomendo a leitura dos seguintes artigos:


     Recentemente a Prefeitura do Rio de Janeiro espalhou a chamada "academia da terceira idade" em várias praças, o que foi uma ótima ideia. Afinal a praça também deve incluir as pessoas idosas. Agora esperamos que o mesmo ocorra com as crianças que possuem algum tipo de dificuldade com a chegada dos brinquedos adaptados!

     No dia 22 de maio, participei de um evento inclusivo realizado na Praça Iaiá Garcia, na Ribeira, o Piquenique Inclusivo.

     O Evento foi organizado por vários movimentos sociais: Tudo Bem Ser Diferente, #PraçaAdaptada, Trissomia do Amor 21, Life Down RJ e Ame Down, não só para reunir famílias de crianças com deficiência, mas também para chamar atenção do Estado e da comunidade para a importância dos espaços públicos para a qualidade de vida da população em geral.



     Participo do movimento "Tudo Bem Ser Diferente" há muitos anos, um movimento que luta contra todo tipo de preconceito  e pela inclusão de pessoas com deficiência. Uma das lutas do movimento é pela adaptação das praças para permitir o lazer das pessoas com deficiência, inclusive das crianças que precisam muito de estímulos, de sol, ar puro, atividades esportivas e, também, do convívio social.
    

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     Confira mais fotos do piquenique inclusivo, assine o abaixo assinado, participe do movimento. Participar é também exercer nossa cidadania!

#tudobemserdiferente
#praçaadaptada