Na grande viagem do Atlântico ao Pacífico de carro tivemos que passar por diversas fronteiras.
Deu para perceber que na medida em que os países possuem maior afinidade política a facilidade do nacional entrar no outro país aumenta.
Apesar da grande quantidade de carros, passar do Brasil para a Argentina não é muito difícil. Basta apresentar o passaporte ou identidade e o seguro verde para o carro. Há apenas uma inspeção de rotina nas bagagens igual a qualquer aeroporto. Olha que passamos em duas fronteiras entre Brasil e Argentina: em Foz do Iguaçu e em Uruguaiana.
Já nos pasos fronterizos entre Argentina e Chile as coisas foram diferentes. O Chile não faz parte do Mercosul apesar de ser um pais associado, desta forma, as normas de vigilância são mais restritas. Parece também que os acordos de funcionamento da fronteira entre os dois países não são muito eficientes. Apesar do Chile informar em seu site que o controle de imigração fica aberto todo ano até as 23:00hs no site Argentino há informação de que só funciona até as 17:00hs. No dia em que chegamos, apesar de ser 16:00hs e do sol estar brilhando, o controle de imigração da Argentina nos informou que não podíamos passar pois o Chile tinha fechado suas fronteiras mais cedo aquele dia, sem informar o motivo. É claro que dependendo das condições climáticas estes "pasos" são fechados.
Como não era agradável dormir nos dormitórios improvisados perto da fronteira tivemos que voltar cerca de 110km até uma pousada perto de Susques para dormirmos e assim passamos a noite nas alturas, o que não foi muito confortável para quem não está acostumado grandes altitudes como era o nosso caso.
No dia seguinte quando voltamos a abordagem na imigração para o Chile foi bem diferente da realizada na fronteira entre o Brasil e a Argentina. Apesar de bastante gentis, a passagem pela fronteira foi bastante demorada, já que a fiscalização foi rígida. Abriram as bagagens, inspecionaram todo o carro e preenchemos vários formulários.
Na volta decidimos passar pelo Paso Cristo Redentor. Neste sim a maior dificuldade foi o clima. A maior parte do tempo a divisa permaneceu fechada em razão das nevascas. Alí perdemos dois dias de viagem tentando passar a fronteira que, quando finalmente abriu, só ficou aberta cerca de uma hora para deixar passar alguns carros que estavam no começo da fila.
A recepção de volta na Argentina foi muito boa, afinal por sermos brasileiros e haver tratados de livre circulação de pessoas e bens não havia necessidade de tanta fiscalização em nossas bagagens.
Fontes:
http://www.decolar.com/blog/dicas-de-viagem/viajar-pelo-mercosul-brasileiros-precisam-de-passaporte